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O MENINO-JESUS, ÚNICA SALVAÇÃO

  • Alan Dionizio (catequista leigo católico)
  • 17 de dez. de 2016
  • 3 min de leitura

O MENINO-JESUS É A ÚNICA SALVAÇÃO, pois é o único capaz de nos “fazer descobrir” a paz


Jesus, na simplicidade de sua manjedoura, mostra-nos a simplicidade, a fragilidade e a beleza da vida. Imagine-se diante do menino Jesus: sem falar, sem andar, frágil, indefeso, mas igualmente belo e forte a ponto de a todos converter o olhar para Ele, o admirarem e o adorarem. Como Ele consegue isto? Porque em sua pequenez ele mostra o segredo da vida: toda vida tem valor quando se reconhece o sabor de vivê-la, isto é, a vida vale a pena ser vivida.


E, digo mais, sabendo quem foi Jesus, quantas vezes não queremos ser iguais a Ele em sua retidão, em integridade, em sabedoria, enfim, em seus valores. Assim, queres saber como viver? É só olhar Jesus na manjedoura e rezar para “Amar como Jesus amou, sonhar como Jesus sonhou, pensar como Jesus pensou, viver como Jesus viveu. Sentir o que Jesus sentia, sorrir como Jesus sorria e ao chegar ao fim do dia, sei que eu dormiria muito mais feliz.”.


E, não importa os percalços e dificuldades que encontramos na vida, ela vale a pena, mesmo na luta, mesmo no medo de saber se o mundo nos acolherá ou se viveremos à margem dele, sem saber se amanhã teremos êxito ou não em nossos projetos. Talvez alguém diga: “Isto é fácil falar quando a “vida” nos é favorável. E quando não?”.


A este, só poderia dizer, refletindo o evangelho da noite de Natal (Jo 1, 1-18) que as trevas não compreendem a luz. O poeta João Cabral de Melo Neto, em seu poema Morte e Vida Severina, nas últimas estrofes


- Severino retirante,

deixe agora que lhe diga:

eu não sei bem a resposta

da pergunta que fazia,

se não vale mais saltar

fora da ponte e da vida

nem conheço essa resposta,

se quer mesmo que lhe diga;

é difícil defender,

só com palavras, a vida,

ainda mais quando ela é

esta que vê, Severina;

mas se responder não pude

à pergunta que fazia,

ela, a vida, a respondeu

com sua presença viva.


E não há melhor resposta

que o espetáculo da vida:

vê-la desfiar seu fio,

que também se chama vida,

ver a fábrica que ela mesma,

teimosamente, se fabrica,

vê-la brotar como há pouco

em nova vida explodida;

mesmo quando é assim pequena

a explosão, como a ocorrida;

mesmo quando é uma explosão

como a de há pouco, franzina;

mesmo quando é a explosão

de uma vida Severina.


É desse modo que, a partir do olhar o menino Jesus, que as palavras do evangelho de João para o Natal fazem sentido:


“4Nele havia a vida, e a vida era a luz dos homens. 5A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. 9[O Verbo] era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. 14E o Verbo se fez carne e habitou entre nós...”.

O menino-Jesus ilumina a vida, em especial, a nossa e faz-nos descobrir e descortinar seu valor. Ele nos salva, pois propõe um modo-de-ser, uma maneira de con-viver com o outro e, acima de tudo, um sentido para a vida e para o viver.


Ao descobrir e buscar tal sentido para a vida, o menino-Jesus, Ele nos propõe um caminho para a Paz, já que em Jesus cessam todos os conflitos. Nele, nossas palavras são concretas e coerentes em nossas ações pautadas no amor e na justiça. E mais, nossa palavra se torna autêntica como parte de nós, logo ela se torna pessoa, ou melhor sinal da pessoa de Jesus. O Verbo nasce e se “encarna” em nós.


13E, de repente, juntou-se ao anjo uma multidão da coorte celeste. Cantavam louvores a Deus, dizendo: 14“Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens por ele amados”.


Antes, eu afirmava que Jesus e o Natal podiam ser coisas diferentes se cairmos no engano de que o Natal inicia-se fora de nós e de que o Natal morre no dia 26/12. O Natal de Jesus quer nosso coração de manjedoura e mais, como presente dado, nosso coração não pode ser tirado das mãos de Deus. Afinal, tomar presentes de volta é muita falta de educação.


Só deveria dizer “Feliz Natal !!!” quem compreende o que ocorre e se celebra no dia 25/12, como previu Zacarias:

Lc 1,78 Graças à ternura e misericórdia de nosso Deus, que nos vai trazer do alto a visita do Sol nascente, 79que há de iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte e dirigir os nossos passos no caminho da paz.


Então, gostaria de convidá-los a refletir o Natal através do desafio de Pe. Zezinho quando pensava sobre Deus-Amor:


“Tudo seria bem melhor

Se o Natal não fosse um dia,

Se as mães fossem Maria

E se os pais fossem José

E se os Filhos parecessem

Com Jesus de Nazaré”.


Feliz Natal!



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Catequista leigo católico

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