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Natal no Tempo de Reis e Reinados(Mt 2, 1-12)

  • Foto do escritor: Alan Dionizio Carneiro
    Alan Dionizio Carneiro
  • 18 de dez. de 2016
  • 2 min de leitura

Interessante que o tempo em que Jesus nasce é fecundo em reis: rei Herodes, reis magos, príncipes dos sacerdotes. E as pessoas ainda ansiavam por outro.


Passemos, agora a falar um pouco sobre o rei Herodes. Herodes quando procurado pelos reis magos para saber da profecia sobre o rei dos judeus, viu em Jesus uma ameaça contra si. Mentindo, pede para que os magos revelem onde se encontrara Jesus para adorá-lo. Não tendo seu pedido atendido, Herodes manda assassinar todas as crianças com até 2 anos de idade para se ver livre de Jesus.


Oras, um rei representa poder econômico, político e uma tradição social, todavia, antes de tudo isso, o rei, em seu símbolo, deve ser um senhor de si, sem medo, um líder nato e virtuoso. Nenhuma destas qualidades podemos encontrar em Herodes. Entretanto, a criança que nascera (Mt 2) ultrapassava todas elas. Uma talvez seja a reta razão de Herodes: uma pessoa, um povo deve possuir um único Rei que a ele se submete e confia. Afinal, ninguém pode servir a dois senhores (Mt 6,24).


Herodes representa uma humanidade caída que se acha dona de si, que acredita ter tudo sob seu controle e domínio que tem medo de ser melhor e de ser rebaixada, que em tudo tem razão, que só é capaz de reconhecer no outro, uma ameaça, uma contrariedade, ou seja, Herodes é uma humanidade que não deseja mudar, que tem medo de perder o que tem, ainda que seja por algo melhor.


Portanto, toda pessoa que como Herodes não queira mudar e ser capaz de se entregar ao menino-Jesus, ainda que o encontre face à face em sua vida, não o adorará, não submeterá seu coração a Ele, outrora, fará o mesmo que Herodes: perseguirá e desejará matar o menino-Deus e todos que com ele um pouco se assemelhem.


Assumir o menino-Jesus como Rei é ser sábio como Pedro (At 3,6): “Pedro, porém, disse: Não tenho nem ouro nem prata, mas o que tenho eu te dou: em nome de Jesus Cristo Nazareno, levanta-te e anda!”.

Assumir Jesus é abrir mão das certezas de Herodes (do mundo) e ser capaz de doar o próprio Cristo. (Ninguém disse que ser cristão era fácil? Só se for pro IBGE.).


Mesmo sendo difícil, é simples: Deus nasce em nós como no Natal, numa semente de Amor e aos poucos, com Seu jeito, sem espanto vai nos moldando, conformando-nos ao Seu Amor a ponto de nos tornar o próprio Amor como desejava Stª. Teresinha do Menino Jesus de Lisieux.


Um reinado de Amor é o que nosso coração anseia e pode encontrar na manjedoura ou no amoroso trono dos braços de Maria: Ele, o menino Jesus.


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Catequista leigo católico

© 2016 por Alan Dionizio. Orgulhosamente criado com Wix.com

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